Hoje eu quereria apenas
ver uma flor abrir-se,
desmanchar-se,
viver sua existência autêntica,
integral,
do nascimento à morte,
muito breve,
sem borboletas
nem abelhas de permeio.
Uma existência total,
no seu mistério
(e antes da flor? – não sei)
(e depois da flor? – não sei.
Esta ignorância humana.
Este silêncio do universo.
A sabedoria.
Cecília Meireles
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